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Pequenas Observaç?es sobre Coisas sem Importância

     

sábado, abril 05, 2003

 
teste


sexta-feira, abril 04, 2003

 
O dia em que peguei o buquê

Confesso que sempre tive vontade de pegar o buquê da noiva. Quem pega o buquê deixa o universo dos simples figurantes de casamento – os convidados – e passa a integrar o seleto grupo dos personagens coadjuvantes: pais, irmãos e padrinhos dos noivos. É como se tornar uma celebridade. Desconhecidos vêm até você dar os parabéns pela conquista; fotógrafos de terno e gravata pedem para que você pose ao lado dos donos da festa; os pais do noivo e da noiva pedem para te conhecer. De repente, gente que você nem viu que estava na festa conhece o seu rosto. É uma pequena glória.

No dia em que eu tive a experiência de pegar as flores da noiva, eu estava no casamento de uma amiga de trabalho. Todos os meus caríssimos colegas estavam sentados em uma mesa, mordiscando salgadinhos de camarão, quando eu cheguei com o meu troféu, erguido sobre a cabeça, num gesto de vitória. Confesso que não foi muito difícil conquistar a liderança, já que do meu lado esquerdo estava uma garotinha de dois anos no colo do pai e, à direita, estava uma das tias da noiva. Eu me posicionei estrategicamente na primeira fila. Quando as rosas foram jogadas pro alto, peguei o rebote de alguma mulher que estava na fila de trás e não teve força para agarrar o prêmio que lhe caía nas mãos.

Agora que sou experiente no assunto, revelo segredos infalíveis para que o buquê seja agarrado.
Primeiro: posicione-se na primeira fila. As noivas, tadinhas, sempre estão cansadas demais pra jogar suas flores muito longe. ode reparar que sempre as solteironas da primeira fila ganham. Tá certo que elas nunca casam, mas elas ganham – e o que importa é acaba sendo isso mesmo.
Segundo: certifique-se de que você está ao lado de concorrentes menos favorecidas que você – seja em altura, agilidade ou idade.
Terceiro: avise antes à noiva que você estará na disputa, e que você queria muito conseguir pegar o buquê, porque você anda pensando em casar e não tem pretendente. Chore um pouco, se conseguir. Isso derreterá o coração dela, e com certeza você será favorecida.
Quarto: se o buquê cair direto nas suas mãos, agarre forte. Essa mulherada anda muito desesperada hoje em dia; pode ser que tentem arrancá-lo de você.
Quinto: não menospreze os rebotes. Sempre tem uma que deixa o buquê cair no chão. Observe onde ele caiu e parta pra cima dele imediatamente. Esqueça o mico – você está na fila do buquê; isso já é mico suficiente.

Depois que o casamento acabou, fui para o aniversário de um amigo em um boteco em Botafogo. Cheguei de longo, pérolas e buquê na mão. A gente tem que aproveitar ao máximo o nosso dia de pequenas celebridades.


segunda-feira, março 31, 2003

 
Sonho

Cheguei na casa da Malu, em Botafogo, pra passar o fim de semana. Não sei porque alguém sai de casa para passar um fim de semana em Botafogo ao invés de, sei lá, em Búzios. Mas, enfim, eu fui. Chegando lá, fui apresentada para milhões de pessoas que não conhecia e, entre elas, uma mulher que cuidava mental e espiritualmente do grupo. Essa mulher me levou para uma espécie de pirâmide, onde nós entramos. O lugar não tinha janelas, e toda a iluminação era feita por tochas. Nas paredes de pedra estavam pendurados quadros abstratos muito coloridos. A cor das paredes era amarela.

A mulher me deu um chá e pediu que eu esperasse um instante em uma das câmaras da pirâmide. Ela apagou as tochas uma a uma, até que o lugar foi tomado por um breu total. Aquilo me deu um pouco de medo. Mas depois lembrei que quem tinha me posto em contato com a tal mulher tinha sido minha amiga e camarada Malu, o que me deu um certo alívio. Imaginei que aquela história era do bem, e me deixei levar.
Do teto desceram tiras de palha trançada que envolveram meus braços e pernas como a planta carnívora de "a Pequena Loja dos Horrores". Mas tudo era delicado. Eu me deixei envolver, e fui puxada pra cima, até uma espécie de ninho. Os braços de palha me colocaram com o rosto virado para o fundo do ninho, de encontro a gravetos que eram absolutamente macios. Eu fechei os olhos.

Quando vi, estava voando por cima do Times Square. Sobrevoando todas aquelas luzes e turistas. Ninguém me via. Eu voava livre, nadava no céu do centro de Manhattan, quando tive o brilhante insight de que o que estava rolando comigo era uma viagem fora do corpo.
Depois que descobri isso, passei a atravessar paredes: entrava em shows da Broadway, cinemas, jogos de basquete da NBA (que não ocorrem, em hipótese alguma, no Times Square). Passava por camadas de concreto e pedras e tijolo e planava por cima das cabeças dos espectadores. Tudo isso rápido, entrando e saindo, por cima e por baixo. Eu estava testando minhas novas habilidades. Até que bateu um cansaço, mas um cansaço tão grande que me fez ficar um pouco desesperada. Como eu ia voltar para o meu corpo? Como eu conseguiria sair daquela viagem? O vôo ficou lento, e eu sentia medo. E então eu me vi gritando na cama da casa da Malu.

Várias pessoas estavam dormindo no micro apartamento dela naquele dia. Quando eu comecei a gritar no meio da madrugada, as pessoas na casa foram acordando como se nada tivesse acontecido: umas pegaram jogos de tabuleiro, outras tomavam milk shake e outras, ainda, conversavam animadamente sobre um assunto qualquer. Eu olhava pra tudo aquilo incrédula, quando a Malu se aproximou de mim. “E aí”, ela disse, “gostou da experiência?” Eu respondi: “Aquilo é demais; inacreditável.” Então ela sorriu toda marota: “Eu sabia que você ia gostar, por isso que eu mandei você pra lá.” E, logo após essa fala, eu acordei.


sexta-feira, março 28, 2003

 
Fernando
Da série: histórias verídicas

Eu também me apaixonei por Fernando quando o conheci. Fernando é o tipo de cara que tem uma legião de adoradores – homens e mulheres de todas as idades e estilos que simplesmente não conseguem resistir a ele. É que quando você conhece o Fernando, ele olha pra você nos olhos e lhe mostra um sorriso largo, enquanto diz “Oi”. Ele faz com que você se sinta único. Quando diz “oi”, Fernando compartilha um pouco da luz dele com você. E você se sente muito grato por isso.

Acontece que Fernando é portador do HIV. Não se sabe se foi por isso que ele adquiriu esse desprendimento em relação a pessoas e objetos. Ele não se importa com nada. Cultiva os amigos enquanto eles estão por perto. Se os amigos se afastam, ele fica olhando de longe, com um sorriso nos lábios. Fernando não tenta mantê-los. Ele não sente saudades, e consegue passar meses morando na rua e catando comida no lixo. Vira e desvira mendigo com a facilidade que só quem não leva o mundo a sério consegue.

Quando sua amiga Lucia foi visitá-lo, Fernando não tomava seu coquetel há mais de um ano. Ele andava cercado por todo tipo de escória: traficantes, outros vagabundos, michês. Mas ele ficava na dele, e foi assim que conheceu um menino e começou a namorar. O garoto era um riquinho sustentado pela mãe, e os dois resolveram ir para a Alemanha, tudo bancado pela nova sogra de Fernando. Não deu certo durante muito tempo, então os dois voltaram pra Portugal e resolveram abrir uma grife.

Agora Fernando remexe em latas de lixo de novo, só que à procura de trapos velhos pra fazer roupas hypes. Em breve ele estará de volta ao Brasil, onde se tornará o novo queridinho do mundo do Caderno Ela. Enquanto isso, trabalha como voluntário em uma associação para aidéticos, que banca pra ele moradia e comida. Não tem jeito, ninguém resiste a Fernando.


quinta-feira, março 27, 2003

 
Ai, meu deus, como eu trabalho nessa vida.
Por que que eu não nasci no Canadá?
Pelo menos aí eu parava de trabalhar antes dos quarenta...
Ó vida, Ó azar.

Não tenho nem tempo de postar textos....

terça-feira, março 25, 2003

 
A derrota é existencialista

Em minha vasta experiência futebolística – apenas um jogo assistido no Maracanã, onde o Fluminense derrotou o São Caetano por 3 x 0 – eu cheguei na final do Campeonato Carioca com a certeza de ver o meu time campeão. Estava tão absolutamente cheia de mim que comprei uma faixa “Fluminense – Bicampeão Carioca 2003” antes do jogo começar. Tudo era alegria e eu, bendito fruto no meio daquele poço de testosterona que é o maior estádio do mundo, agüentava as piadas masculinas de igual pra igual. Por que não? Eu sou tricolor, era uma das poucas mulheres no local e o meu clube estava prestes a ser o vencedor.

Subimos para a arquibancada e, minutos antes do jogo, o nervosismo foi tomando conta do entusiasmo. À nossa frente, a torcida do Vasco gritava ensandecida, muito maior que a nossa. Não tinha problema: a gente gritava mais alto. O juiz entrou em campo, os jogadores logo depois e a partida finalmente foi iniciada.

Só que... foi gol do Vasco. De repente se abateu sobre a nossa arquibancada um silêncio aterrador. Eu olhava, incrédula, a festa da outra torcida. E nós ainda não havíamos passado dos cinco minutos do primeiro tempo. Por um momento todos nós ficamos imóveis, paralisados, sem esperança. Até que um cara, lááááá na frente, levantou e ergueu os braços, chamando o resto do povo a gritar “Nense”. Reunindo forças não sei de onde, eu gritei. Gritei mais. E Mais ainda. Até que o Fluminense fez gol e o primeiro tempo terminou 1x1.

Ai meu Deus, o intervalo foram quinze minutos de cigarros seguidos, filados, acendidos um no outro. Eu não havia almoçado e bebia cerveja porque naquele dia eu era como eles – os torcedores/testosterona – e o meu time ia ser campeão.

Só que o segundo tempo também não foi do Fluminense. O Vasco marcou outro gol, e eu catei minhas coisas e deixei o Maraca. Na porta, tricolores aguardavam o resultado final da partida. Um estava ajoelhado no chão. Coitadinho, eu pensei, não adianta mais. Era o fim.

Voltei andando até o meu carro, que estava estacionado a uns três quilômetros do Maracanã. Na ida, eu havia feito esse percurso tranqüila, rindo, leve como uma pluma. Agora carregava a cruz do vice-campeonato sobre os ombros. Pensava como eu era uma criatura infeliz: ganhava mal, no meu trabalho ninguém me dava o devido valor, não tinha dinheiro para fazer metade das coisas que queria, não tinha marido-namorado-pretendente-paquera e, ainda por cima, o meu time não era campeão.

Se a alegria de ver seu clube vencer uma partida de futebol é inocente, puramente feliz e sem grandes conseqüências, amargar a derrota de um campeonato gera uma tristeza existencial. Naqueles três quilômetros percorridos do estádio até o meu carro, toda a minha vida foi reavaliada: decisões foram tomadas em silêncio e julgamentos foram feitos internamente.

Quem acredita que aquele jogo era apenas a decisão de um campeonato estadual, provavelmente não sabe que a tristeza de uma derrota é muito maior que a alegria de uma partida vencida. A melancolia de ver o placar a favor do outro time leva à reflexão da alma. Milhares de torcedores em todo mundo talvez tenham comprovado inconscientemente que o futebol engrandece o homem – muito mais que o trabalho, inclusive. Fica aí a sugestão para chefes e líderes espirituais: vamos substituir dias de labuta inconsistente por dramáticas partidas no Maraca.


sexta-feira, março 21, 2003

 
Os nomes

João me disse que a melancolia é necessária pro processo criativo. Depois comentou que passava por um bloqueio literário e que tinha terminado com a namorada.
Felipe foi meu primeiro beijo, minha primeira paixão e meu primeiro coração partido. Mas um dia ele me convidou pra sair, eu disse que não, e nós nunca mais nos falamos.
André me disse que eu era especial e eu acreditei.
Fernando era inteligente, charmoso e novinho. Pegou meu telefone e nunca ligou.
Márcio diz que nunca deixou de me amar.
Dé nutriu durante toda a adolescência uma paixão platônica por mim que só passou quando ele arrumou uma namorada de verdade e fez sexo.
Daniel conversou comigo a festa inteira, disse que fazia mergulho e montanhismo quando era mais jovem, mas que hoje em dia gastava muito dinheiro com escatsy. E nós não ficamos juntos porque ele tinha um caso com a aniversariante.
Mário é casado e solta piadinhas toda vez que a mulher não está por perto.
Gabriel fala pra todo mundo que é bissexual, mas desconfio que a sexualidade dele pese mais para homo.
Eu gostei do Du, e acho que ele também gostou de mim. Ainda não sei o que aconteceu...
Eduardo nunca sentiu um pingo de interesse por mim.

E eu? Eu sento no divã, e fico observando, observando...
 
Drummond

O 1o. amor passou
O 2o. amor passou
O 3o. amor passou
Mas o coração continua o mesmo.

Atenç?o: isto n?o é um di?rio//// Pesando: 55 Kg.// Gastando: com nada. Os amigos pagam pra mim :)/// Pensando: Sobre a muito bem vinda leveza do ser./// Lendo: CRIME E CASTIGO, Dostoievski e TR?PICO DE C?NCER, de Henry Miller AVISO!!!!!!!! Agora estou em www.mulherzinhagirlie.blogspot.com Até que alguma boa alma do Blogger conserte as minhas atualizaç?es. APARE?AM POR L?!!!

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